O Cachorro

 

Parabéns!!!

O CPCSB felicita-o(a) pela adoção de um companheiro muito especial que certamente o(a) irá acompanhar  sempre que puder. Atualmente sabe-se que a interação entre o cão e o Homem traz benefícios mútuos. Estudos científicos revelaram os aspetos positivos para a saúde e bem-estar que um cão pode proporcionar não só ao seu dono, mas a toda a sua família. A adoção de um cachorro, torna-o a si responsável pelo seu tratamento, educação e alimentação.
Este texto pretende contribuir, dando uma noção básica ao dono, no sentido de melhorar o bem-estar do seu cachorro, e, portanto, de toda a sua família.

Bem-Vindo! O Novo Lar…

Esta é sem dúvida a primeira grande aventura do cachorro e talvez a mais marcante de toda a sua vida… A casa nova! Dada a sua importância, é crucial que o novo dono conheça as necessidades do seu animal e que estabeleça com ele quais as regras da casa!
O cachorro deve conhecer os seus espaços, onde irá dormir, comer e fazer as suas necessidades. Estes espaços devem ser os definitivos e aplicados logo no primeiro dia. Deixar o cachorro, por ser pequeno, dormir na cama ou no sofá, é consigo… mas lembre-se que ele um dia vai crescer e aí será quase impossível desabituá-lo.

Ele deverá ter um cesto com uma manta, um comedouro, um bebedouro (sempre com água fresca) e alguns brinquedos para se entreter. Inicialmente o cachorro irá explorar o novo ambiente e é natural que este período de adaptação dure 2 ou 3 dias. É ainda importante salientar que o cachorrinho até aos 5 meses dorme muito, pelo que não deve ser incomodado constantemente. É durante o sono que se processa a fase mais importante do crescimento.


O Crescimento…

É sem dúvida a fase mais importante da vida do seu cachorro pois vai determinar não só a morfologia do cão adulto, como também a sua silhueta e carácter. O ritmo de crescimento depende principalmente da contribuição energética do alimento. Uma alimentação «ad libitum» (à descrição) é responsável por um aumento de peso muito rápido, prejudicial ao correto desenvolvimento do esqueleto, sobretudo em cães de raças grandes. A concentração energética deverá estar adaptada à capacidade de ingestão do cachorro, que varia consoante o tamanho e idade. No caso de raças grandes são consideradas duas fases:

- Do desmame aos 5 meses → fase de crescimento muito intenso, em que há necessidades energéticas muito elevadas.
- Dos 5 meses ao final do crescimento → fase de crescimento mais lento, em que uma diminuição da concentração energética favorece um melhor controlo do ganho de peso diário.

Até aos 6 meses o cachorro é muito sensível ao excesso de cálcio, porque a absorção passiva é ainda muito elevada. A concentração de cálcio deve ser formulada em função da concentração energética.

A Educação e Cuidados de Higiene…

Não castigue demasiado o seu cachorro… ensine-o! Quaisquer que sejam as regras da casa, devem começar a ser ensinadas desde o primeiro dia. A aprendizagem das normas de higiene num ambiente humano não é difícil: um pouco de paciência e passeios frequentes são a chave para o sucesso.

Os progressos devem ser sempre recompensados através de palavras meigas ou biscoitos. Com calma e persistência ele vai entendê-lo! Se tiver de o castigar, deve fazê-lo de imediato. Caso contrário ele não vai entender porque é que está a ser castigado.
O cachorro deve ser habituado a andar de trela e coleira desde cedo. Nunca utilize a trela para lhe bater, pois ela deverá ser sinónimo de passeio e não de castigo!

O dono deve seguir as regras elementares de educação manifestando sempre um comportamento coerente. Não autorize um dia uma coisa para a proibir no futuro. Deve ser firme, paciente e atento. Só assim conseguirá uma relação de confiança e harmonia com o seu companheiro.

Um cachorro saudável não se deve apresentar triste, cheirar mal ou coçar-se com frequência. Medidas simples assegurar-lhe-ão uma higiene adequada. A escovagem permite remover partículas e pelos mortos da pelagem. A frequência vai de diária a semanal, consoante o tipo de pelo do seu cachorro. Os cães mudam de pelo durante todo o ano, com dois picos principais (Outono e Primavera).

Todos os cães podem tomar banho desde que sejam devidamente secos. A frequência de banhos também depende do tipo de pelo: no mínimo, de 3 em 3 meses para cães de pelo comprido, 2 vezes por ano para cães de pelo curto e esporadicamente para cães de pelo raso. Nunca utilizar champô para cabelo humano pois é demasiado ácido para a pele do cachorro. Procure um champô indicado para cão.
Pode eventualmente precisar de limpar as remelas com alguma frequência. Faça-o com uma gaze humedecida em soro fisiológico.

As orelhas do cachorro devem ser limpas com uma gaze e só no pavilhão externo, de forma a evitar a ocorrência de otites. Cotonetes ou quaisquer objetos estão proibidos de entrar no canal auditivo. A limpeza do canal faz-se com um produto ceruminolítico exclusivamente, que não se retira, pois sairá quando o cachorro abanar a cabeça.

Os dentes devem ser escovados regularmente de modo a evitar a deposição de tártaro. O tártaro pode provocar inflamações muito dolorosas nas gengivas, podendo resultar em anorexia por dificuldades na mastigação.

UM PLANO NUTRICIONAL SAUDÁVEL E EQUILIBRADO…

Com base nos últimos conhecimentos científicos a ROYAL CANIN apoia o CPCSB  e desenvolveu o programa nutricional ROYAL CANIN, baseado na escolha criteriosa de ingredientes ativos que permitem melhorar globalmente a saúde, o bem-estar e a condição física, disponibilizando uma gama de produtos otimizados para oferecer qualidade de vida ao seu companheiro de quatro patas.
Para a ROYAL CANIN, a nutrição do seu cachorro significa uma proteção e uma assistência dietética totais, tendo em conta a presença de todos os elementos essenciais necessários a uma correta alimentação. A ROYAL CANIN preocupa-se ainda com aspetos muito importantes como a Defesa Imunitária, a Pele e o Pelo, a Digestão, a Vitalidade, o Desenvolvimento Osteoarticular, a Higiene Oral e muitos outros…

Só ração seca?

Conhecemos bem a paixão que sente, e sabemos que muitos e muitos donos se preocupam com o facto de dar apenas ração seca ao seu cachorro…
Tal preocupação não é ao acaso, uma vez que ninguém gostaria de comer todos os dias a mesma comida, com o mesmo aspeto e o mesmo paladar… acontece que o Homem é um omnívoro… O cão é um carnívoro. E ser carnívoro não significa que come exclusivamente carne, mas sim que a carne constitui a maior parte da sua dieta. O ancestral do cão doméstico, o lobo, tem na natureza uma dieta rica e completa, mas muito pouco variada. Ela é essencialmente constituída por animais (carne, ossos, cartilagem e vísceras) e alguns vegetais. Por isso encontramos no cão uma flora intestinal específica e com pouca variedade bacteriana, o que justifica o stress digestivo que sofre sempre que há uma transição abrupta na sua dieta, resultando frequentemente em diarreias.

Para o cão, a apreciação completa de uma refeição é feita pelo olfato, através das emanações provenientes do alimento. Ele é por instinto um animal de matilha, e como tal, tem de ingerir o alimento o mais rápido possível antes que alguém lho roube. O seu companheiro não vai degustar uma refeição!
Assim, por muito que nos custe, cão é cão e tem necessidades especificas que devem ser sempre respeitadas e satisfeitas de acordo com a sua natureza. Os cães devem ter uma dieta rica, complexa e equilibrada, mas não muito variada. A ração seca é atualmente o alimento completo por excelência utilizado em nutrição canina.

A refeição…

Os cães gostam e devem ter uma rotina bem estabelecida. Só assim é que eles conseguem ajustar o seu ritmo biológico ao nosso estilo de vida. Por este motivo o dono deve tentar que a hora e o intervalo entre refeições seja constante, bem como adaptar o alimento à idade e tipo de atividade do seu animal. Há quem tenha a tendência de comparar o cão com uma criança… Mas na verdade essa comparação é um erro biológico que pode ser muito perigoso para o cachorro, visto estes terem necessidades totalmente diferentes.

O Número de refeições…

Até aos 6 meses de idade devem ser oferecidas 3 a 5 refeições diárias. Isto porque o estômago de um cachorro é muito pequeno face às suas necessidades nutricionais. Após esta idade o número de refeições deve diminuir para duas, pelo menos até ao final do período de crescimento. Em adulto poderá passar para uma refeição diária, sendo sempre preferível duas. Deve solicitar ao criador um pouco de ração que o cachorro comia e misturá-la com a sua nos primeiros dias. Esta condição diminui o stress digestivo e a ocorrência de diarreias.

Controle a Obesidade…

Estudos recentes indicam que cerca de 20% da população canina é obesa. Infelizmente a obesidade por si só raramente é motivo de consulta. Cabe ao Médico Veterinário alertar os proprietários que se trata de uma doença e estabelecer um plano de prevenção adequado. A prevenção da obesidade deve ser iniciada o mais cedo possível em função dos fatores de risco do animal: esterilização, sedentarismo, predisposição racial, etc. Há que ter sempre presente que um ligeiro excesso de peso evolui frequentemente para uma obesidade declarada.
Dietas ricas em proteína possuem várias vantagens: são facilmente aceites pelo animal, regulam o apetite e favorecem a massa magra (músculo) em detrimento da massa gorda (tecido adiposo). Existem atualmente duas escalas para mensurar a condição corporal do animal: uma de 9 e outra de 5 estádios, sendo a última a mais utilizada. Os cinco estádios são: Caquético, Magro, Normal, Obeso Moderado e Obeso, em que para o classificar são utilizados para além do peso, parâmetros como silhueta, proeminência do esqueleto, quantidade de tecido sobre as costelas, etc… Um obeso moderado é um animal de risco à obesidade.

Controle a dose…

As doses preconizadas nas embalagens correspondem às necessidades reais do seu cachorro. Devem ser rigorosamente seguidas, evitando um plano nutricional inadequado.

A digestão…

Brincar é uma atividade que é fundamental para todo o desenvolvimento físico, intelectual e afetivo do cachorro. E é altamente recomendado que o faça. No entanto o descanso para a digestão é obrigatório! Correr e saltar após a refeição é perigoso pois além de provocar o vómito, pode causar uma patologia chamada Síndrome da Dilatação/Torção Gástrica, onde a agitação gera uma obstrução ao normal esvaziamento do estômago podendo este dilatar e torcer sobre o seu próprio eixo. É uma patologia frequente, com maior incidência em raças grandes e gigantes e que só é solucionada com tratamento cirúrgico quando detetada a tempo. Infelizmente a mortalidade é elevada.

Água fresca

O seu cachorro deve ter sempre água fresca à disposição. Os alimentos secos contêm um teor em água inferior a 12%. São alimentos completos e equilibrados que lhe fornecem todos os nutrientes indispensáveis (proteínas, lípidos, hidratos de carbono, minerais e vitaminas), mas devem ser sempre acompanhados por água fresca.

Pele e Pelagem …

A Pele e a Pelagem constituem a primeira linha de defesa do organismo contra as agressões do meio ambiente e desidratação. Algumas doenças estão relacionadas com a ineficácia destes mecanismos de defesa. Certos nutrientes específicos permitem melhorar a barreira cutânea, contribuindo para limitar assim o risco de certas patologias.

Chocolate nem pensar…

Existem três bases xânticas que o Homem utiliza no seu regime alimentar: a cafeína (café), a teína (chá) e a teobromina (chocolate). Todo o chocolate contém teobromina, que é ALTAMENTE TÓXICA para o cachorro, agora e em qualquer fase da sua vida. Cerca de 345mg de teobromina podem ser letais para um cão de 10kg, o que corresponde aproximadamente a 150g de chocolate preto.

Entender melhor a Nutrição.

Energia digestível → É a quantidade de energia efetivamente disponível para o cachorro que é obtida através da absorção e metabolização dos nutrientes da dieta. É fundamental uma dieta rica em Energia Digestível sobretudo na primeira fase do crescimento do cachorro. Porém, uma dieta com excesso energético vai favorecer a deposição de massa gorda podendo muitas vezes atingir a obesidade. É fundamental que o cachorro não cresça gordo. Estudos recentes comprovam que cachorros gordos têm maior predisposição para patologias osteoarticulares, nomeadamente a displasia articular.

Proteínas → As proteínas são grandes moléculas compostas por unidades mais pequenas designadas por aminoácidos. As enzimas, denominadas protéases, decompõem as proteínas da alimentação em aminoácidos e pequenos péptidos suscetíveis, ao contrário daquelas, de serem absorvidos pelo organismo. É da combinação que é feita a partir de aminoácidos distintos que o organismo produz as proteínas de que necessita. Entre os aminoácidos há alguns que, não sendo produzidos pelo corpo, terão de ser fornecidos pela dieta – são os aminoácidos essenciais. Uma boa fonte proteica é essencial para uma nutrição equilibrada.

Gordura → Importante fonte de energia. É necessária para a absorção de vitaminas lipossolúveis, para a saúde da pele e do pelo.

Hidratos de carbono → Os hidratos de carbono, também conhecidos por glícidos, devem representar a principal fonte de energia da dieta do cachorro, entre 55 e 75%. São constituídos por unidades básicas denominadas oses. Todos os hidratos de carbono são decompostos no organismo através da ação de enzimas específicas até à sua forma mais básica, sendo então absorvidos e metabolizados. Uma alimentação rica em hidratos de carbono complexos é fundamental para garantir um funcionamento adequado do organismo e ajuda a manter um peso saudável, uma vez que garante bons níveis de saciedade.

Vitaminas → As vitaminas são compostos orgânicos necessários em quantidades mínimas para atuar em múltiplas reações do metabolismo. Salvo raras exceções, o organismo não consegue sintetizar as vitaminas e estas devem ser fornecidas através da alimentação.

Vitamina A
Carência: Alterações do crescimento, Falhas na reprodução, Distúrbios oculares, Problemas dermatológicos, etc.
Excesso: Anomalias no esqueleto, Hiperestesia (aumento da sensibilidade à dor).

Vitamina D
Carência: Raquitismo, Osteomalácia, Hiperparatiroidismo.
Excesso: Hipercalcémia (aumento de cálcio no sangue), Calcificação de tecidos moles, Reabsorção óssea.

Vitamina E
Carência: Falhas na reprodução e Alterações ósseas.
Excesso: Não tóxica.

Vitamina K
Carência: Hemorragias.
Excesso: Não tóxica.

Complexo B
Carência: Alterações do sistema nervoso, Anorexia, Perda de peso, Dermatites, Anemia, Leucopenia. Excesso: Não tóxica.

Vitamina C
Carência: Fadiga, Perda de apetite, Diminuição da resistência a infeções.
Excesso: Não tóxica.

Minerais → São elementos inorgânicos com múltiplas funções no organismo e que se encontram em baixas quantidades. São essenciais para a vida. Representam cerca da 4% do peso corporal do indivíduo.

Cálcio
Carência: Raquitismo, Osteomalácia, Hiperparatiroidismo.
Excesso: Alterações no desenvolvimento ósseo, provoca deficiências noutros minerais.

Fósforo
Carência: Raquitismo, Osteomalácia, Hiperparatiroidismo.
Excesso: Provoca deficiência de cálcio.

Magnésio
Carência: Calcificação dos tecidos moles, Alterações ósseas.
Excesso: Pode provocar cálculos urinários.

Enxofre
Carência: É rara, pode provocar problemas dérmicos.
Excesso: Não se produz.

Sódio Carência:
Não se produz.
Excesso: Não se produz.

Potássio
Carência: Debilidade muscular.
Excesso: Não se produz.

Cloro
Carência: Não se produz.
Excesso: Não se produz.

Ferro
Carência: Anemia.
Excesso: Não se produz.

Cobre
Carência: Anemia.
Excesso: Doenças hepáticas em animais predispostos.

Zinco
Carência: Dermatite, Problemas reprodutivos, Atraso no crescimento.
Excesso: Provoca deficiência de cálcio e cobre.

Manganês
Carência: Atraso no crescimento.
Excesso: Não se produz.

Iodo
Deficiência: Hipotiroidismo, Atraso no crescimento.
Excesso: Não se produz.

Selénio
Carência: Problemas cardíacos.
Excesso: Problemas cardíacos, Hepatite, Nefrite.

Cobalto
Carência: Anemia.
Excesso: Não se produz.

Ácidos gordos essenciais:
Estes compostos são chamados “essenciais” porque o organismo do cão é incapaz de os sintetizar, logo eles devem ser fornecidos pela dieta. Em caso de carência de ácidos gordos essenciais, a pele evidencia uma considerável descamação assim como uma alteração de função da barreira cutânea devido à produção de ceramidas de má qualidade.

Ómega 6:
Complexo de ácidos gordos essenciais constituídos por ácido linoleico, ácido γ-linolénico e ácido araquidónico. O ácido linoleico participa na permeabilidade cutânea, ao passo que o ácido araquidónico é responsável pela regulação da proliferação celular da epiderme através das prostaglandinas E2.

Ómega 3:
Complexo de ácidos gordos essenciais constituídos por ácido α-linoleico, ácido Eicosapentaenóico (EPA) e ácido Dosahexaenóico (DHA). São reconhecidas cientificamente as suas propriedades anti-inflamatórias. Os ácidos gordos Ómega 3 limitam a atividade citotóxica de determinadas células como os macrófagos.

L-carnitina:
Apesar de não ser considerada um nutriente essencial (por ser sintetizada pelo organismo a partir da metionina e da lisina), estudou-se que a sua incorporação na dieta preserva a massa magra (músculo) em detrimento da massa gorda (gordura). A L-carnitina é um aminoácido indispensável para a produção de energia a partir de ácidos gordos de cadeia longa.

Glicosaminoglicanos (GAGs):
A glucosamina é o precursor do sulfato de condroitina. Estas moléculas protegem as cartilagens articulares e evitam o desenvolvimento de osteoartrite em cães idosos. A sua incorporação na dieta do cão é preventiva para patologias osteoarticulares a longo prazo.

Β-caroteno:
É um carotenóide precursor da Vitamina A. É muito conhecido e utilizado pelas suas propriedades antioxidantes, sendo a sua incorporação benéfica para a saúde e longevidade do cão.

Mano-oligossacarídeos (MOS):
São fibras não fermentáveis que limitam o desenvolvimento de bactérias potencialmente nocivas no intestino. Os MOS ligam-se às células da mucosa intestinal (enterócitos), ocupando os locais onde as bactérias nocivas se fixam.

Fruto-oligossacarídeos (FOS):
São fibras fermentáveis que estimulam o desenvolvimento da flora benéfica como as bifidobactérias ou lactobacilos e inibem a proliferação de bactérias patogénicas.

Lecitina:
É um constituinte fundamental da estrutura da membrana celular. Estudos recentes demonstraram que a lecitina, além de proteger as células contra a oxidação, tem um papel importante na regulação dos níveis de colesterol e triglicéridos no sangue.

Zinco-Metionina:
É uma associação entre um metal e um aminoácido. São muitos os benefícios para a saúde e crescimento que o consumo de zinco oferece. O Zinco-Metionina tem maior absorção do que o zinco simples, aumentando assim todos os benefícios do zinco.

A Saúde do seu Cachorro
É o Médico Veterinário que vai instituir o plano de vacinação, bem como a desparasitação e a identificação do seu cachorro.
Deve efetuar check-ups regulares ao seu companheiro, pois os casos de pior prognóstico são aqueles que só vão à clínica quando a sintomatologia da doença é muito evidente, dando ao Médico Veterinário uma pequena margem de atuação.

Vacinação

A Vacinação constitui a melhor proteção do seu cachorro contra doenças infeciosas. Estimula o sistema imunitário permitindo-lhe resistir ao contacto com um agente infecioso (vírus, bactéria ou parasita). A vacinação é um ato médico, pois não é isenta de riscos, obrigando a um exame médico completo.
Uma primo vacinação é constituída por duas injeções com um mês de intervalo.
O rappel é uma renovação anual ou semestral (consoante a prevalência da doença) da primo vacinação.
As principais doenças infeciosas são a Esgana, Hepatite de Rubarth, Parvovirose, Leptospirose, Raiva (obrigatória por lei), Tosse do canil, Piroplasmose (ou Babesiose), Doença de Lyme e a Herpesvirose.
Geralmente a vacinação é perfeitamente tolerada pelo cão. Contudo, pode observar-se alguma fadiga, letargia, nódulo ou edema no local de administração, que desaparecem em pouco tempo. É aconselhado o repouso nas 24 horas que se seguem à vacina.

Desparasitação

É o termo utilizado para descrever a ação de um determinado fármaco sobre os eventuais parasitas do seu cachorro. Geralmente os cachorrinhos são desparasitados às duas semanas, ao mês, mensalmente até aos 6 meses e duas vezes por ano em adulto. O desparasitante a utilizar será prescrito pelo Médico Veterinário.

Identificação

É fundamental que o seu cachorro seja identificado.
A IDENTIFICAÇÃO nada tem a ver com o “PEDIGREE” obtido no Clube Português de Canicultura.
A Identificação é feita pelo Médico Veterinário através da colocação subcutânea de um microchip na região lateral esquerda do pescoço. É um ato praticamente indolor e semelhante a uma vacina. A cada microchip corresponde um código (tipo código de barras), que deve ser apresentado na Junta de Freguesia, juntamente com o seguro do cachorro. Só assim é que o seu cachorro está devidamente Identificado e Legalizado.


A que mais dar atenção?
Entre visitas ao médico veterinário deverá examinar regularmente o seu cão.

Procure:

Diarreia: a causa mais comum é algo estranho ao seu regime dietético ou excesso de comida, mas uma dieta errada, bactérias, vírus, parasitas e mesmo alergias a alimentos podem ser a sua casa. Em qualquer dos casos contacte o seu médico veterinário logo que possível. Ele provavelmente irá recomendar-lhe um jejum de 24 horas e medicá-lo de acordo com a causa. Se a diarreia regressar ou durar mais de 24 horas é altura de consultar o médico veterinário de novo.

Vómito: é bem merecida a reputação que os cães têm de comer quase tudo e o vómito é apenas a sua forma de se livrarem de algo que não deveria ter sido comido logo desde início. Por isso não se preocupe com vómitos ocasionais. Mas se o seu cão vomitar várias vezes por dia, a cause pode ser parasitismo ou outros problemas sérios – incluindo a ingestão de objetos proibidos como bonecos ou pequenos objetos de plástico. Procure um médico veterinário.

Infeções oculares ou dos ouvidos: as infeções provocam tipicamente vermelhidão, seguido de corrimento à medida que o problema de agrava. Esteja alerta e visite o médico veterinário antes da infeção chegar a este ponto. Quando ou ouvidos ficam fortemente infetados, podem cheirar mal ou ficar vermelhos e provocar comichão. O cão irá provavelmente coçá-los com a pata ou abanar a cabeça com frequência. Os ácaros podem igualmente provocar este problema.

Dentes amarelos ou castanhos: isto é provocado pelo tártaro que pode provocar inflamação e mesmo sangramento das gengivas, salivação excessiva, mau hálito e uma diminuição do apetite. Comida húmida é causadora deste tipo de problemas pelo que uma dieta seca é o método mais simples de manter uma higiene oral no seu cão, pois os grânulos atuam como um agente natural de limpeza dos dentes. Ainda mais eficazes são os biscoitos duros para cachorros com dentes de leite. Não se esqueça de discutir a higiene oral com o seu médico veterinário.

Outros sinais:

Em qualquer altura da vida do seu cão, procure problemas como dificuldade de comer, perca de apetite ou ganho súbito de peso, mau hálito, salivação excessiva, perca de pelo, alteração de peles, olhos inflamados ou lacrimejantes, nariz seco, respiração difícil, comportamento anormal e uma temperatura anormalmente elevada (normal para cão é entre 38 e 39ºC). Contacte o seu médico veterinário e esteja para o levar à consulta.

Treinos e brincadeiras

Os cães são animais de matilha e cada matilha tem um líder. Se não assumir a liderança, o seu cão irá fazê-lo. Mas, enquanto ele for cachorro, vai mesmo querer que ele seja o chefe. Durante os primeiros 6 meses de vida, ele está com grande apetência para ser treinado. Você pode – e deve – treinar o básico em casa, mas uma ajuda profissional pode tomar a tarefa mais fácil. Pergunte ao criador ou Médico Veterinário que lhe recomende uma escola de obediência. Lembre-se: Um cão disciplinado começa com um dono disciplinado. Se não for consistente com o seu treino, o seu cão não será consistente com o seu comportamento. Obedecer à chamada: os cães respondem melhor aos reforços positivos, não às punições. Comida e uma voz amigável são excelentes reforços positivos, pelo que deve começar às refeições. Chame-o pelo nome e diga “Vem”. Se fizer isto em todas as refeições durante uma semana, o seu cão virá sempre que o chame, mesmo que não seja hora das refeições. Reforce isso na rua. Afaste-se um pouco dele, depois chame-o e diga “Vem”. Quando ele o fizer, recompense-o, de vez em quando, ofereça-lhe um biscoito (não deve usar sempre o biscoito para reforço em todas as vezes pois o reforço ocasional funciona melhor. O seu cachorro quer a sua aprovação, não comida) “Vem” é o mais importante de todos os comandos. Pode evitar que o seu cão atravesse a rua frente aos carros, lute com outros cães ou assuste e persiga uma criança.

Parabéns uma vez mais!