Parabéns!!!
O CPCSB felicita-o(a) pela adoção de um companheiro muito
especial que certamente o(a) irá acompanhar sempre que puder.
Atualmente sabe-se que a interação entre o cão e o Homem traz
benefícios mútuos. Estudos científicos revelaram os aspetos
positivos para a saúde e bem-estar que um cão pode proporcionar
não só ao seu dono, mas a toda a sua família. A adoção de um
cachorro, torna-o a si responsável pelo seu tratamento, educação
e alimentação.
Este texto pretende contribuir, dando uma noção básica ao dono,
no sentido de melhorar o bem-estar do seu cachorro, e, portanto,
de toda a sua família.
Bem-Vindo! O Novo Lar…
Esta é sem dúvida a primeira grande aventura do cachorro e
talvez a mais marcante de toda a sua vida… A casa nova! Dada a
sua importância, é crucial que o novo dono conheça as
necessidades do seu animal e que estabeleça com ele quais as
regras da casa!
O cachorro deve conhecer os seus espaços, onde irá dormir, comer
e fazer as suas necessidades. Estes espaços devem ser os
definitivos e aplicados logo no primeiro dia. Deixar o cachorro,
por ser pequeno, dormir na cama ou no sofá, é consigo… mas
lembre-se que ele um dia vai crescer e aí será quase impossível
desabituá-lo.
Ele deverá ter um cesto com uma manta, um comedouro, um
bebedouro (sempre com água fresca) e alguns brinquedos para se
entreter. Inicialmente o cachorro irá explorar o novo ambiente e
é natural que este período de adaptação dure 2 ou 3 dias. É
ainda importante salientar que o cachorrinho até aos 5 meses
dorme muito, pelo que não deve ser incomodado constantemente. É
durante o sono que se processa a fase mais importante do
crescimento.
O Crescimento…
É sem dúvida a fase mais importante da vida do seu cachorro pois
vai determinar não só a morfologia do cão adulto, como também a
sua silhueta e carácter. O ritmo de crescimento depende
principalmente da contribuição energética do alimento. Uma
alimentação «ad libitum» (à descrição) é responsável por um
aumento de peso muito rápido, prejudicial ao correto
desenvolvimento do esqueleto, sobretudo em cães de raças grandes.
A concentração energética deverá estar adaptada à capacidade de
ingestão do cachorro, que varia consoante o tamanho e idade. No
caso de raças grandes são consideradas duas fases:
- Do desmame aos 5 meses → fase de crescimento muito intenso, em
que há necessidades energéticas muito elevadas.
- Dos 5 meses ao final do crescimento → fase de crescimento mais
lento, em que uma diminuição da concentração energética favorece
um melhor controlo do ganho de peso diário.
Até aos 6 meses o cachorro é muito sensível ao excesso de cálcio,
porque a absorção passiva é ainda muito elevada. A concentração
de cálcio deve ser formulada em função da concentração
energética.
A Educação e Cuidados de Higiene…
Não castigue demasiado o seu cachorro… ensine-o! Quaisquer que
sejam as regras da casa, devem começar a ser ensinadas desde o
primeiro dia. A aprendizagem das normas de higiene num ambiente
humano não é difícil: um pouco de paciência e passeios
frequentes são a chave para o sucesso.
Os progressos devem ser sempre recompensados através de palavras
meigas ou biscoitos. Com calma e persistência ele vai entendê-lo!
Se tiver de o castigar, deve fazê-lo de imediato. Caso contrário
ele não vai entender porque é que está a ser castigado.
O cachorro deve ser habituado a andar de trela e coleira desde
cedo. Nunca utilize a trela para lhe bater, pois ela deverá ser
sinónimo de passeio e não de castigo!
O dono deve seguir as regras elementares de educação
manifestando sempre um comportamento coerente. Não autorize um
dia uma coisa para a proibir no futuro. Deve ser firme, paciente
e atento. Só assim conseguirá uma relação de confiança e
harmonia com o seu companheiro.
Um cachorro saudável não se deve apresentar triste, cheirar mal
ou coçar-se com frequência. Medidas simples assegurar-lhe-ão uma
higiene adequada. A escovagem permite remover partículas e pelos
mortos da pelagem. A frequência vai de diária a semanal,
consoante o tipo de pelo do seu cachorro. Os cães mudam de pelo
durante todo o ano, com dois picos principais (Outono e
Primavera).
Todos os cães podem tomar banho desde que sejam devidamente
secos. A frequência de banhos também depende do tipo de pelo: no
mínimo, de 3 em 3 meses para cães de pelo comprido, 2 vezes por
ano para cães de pelo curto e esporadicamente para cães de pelo
raso. Nunca utilizar champô para cabelo humano pois é demasiado
ácido para a pele do cachorro. Procure um champô indicado para
cão.
Pode eventualmente precisar de limpar as remelas com alguma
frequência. Faça-o com uma gaze humedecida em soro fisiológico.
As orelhas do cachorro devem ser limpas com uma gaze e só no
pavilhão externo, de forma a evitar a ocorrência de otites.
Cotonetes ou quaisquer objetos estão proibidos de entrar no
canal auditivo. A limpeza do canal faz-se com um produto
ceruminolítico exclusivamente, que não se retira, pois sairá
quando o cachorro abanar a cabeça.
Os dentes devem ser escovados regularmente de modo a evitar a
deposição de tártaro. O tártaro pode provocar inflamações muito
dolorosas nas gengivas, podendo resultar em anorexia por
dificuldades na mastigação.
UM PLANO NUTRICIONAL SAUDÁVEL E EQUILIBRADO…
Com base nos últimos conhecimentos científicos a
ROYAL CANIN apoia
o CPCSB e desenvolveu o programa nutricional
ROYAL CANIN, baseado
na escolha criteriosa de ingredientes ativos que permitem
melhorar globalmente a saúde, o bem-estar e a condição física,
disponibilizando uma gama de produtos otimizados para oferecer
qualidade de vida ao seu companheiro de quatro patas.
Para a
ROYAL CANIN, a nutrição do seu cachorro significa uma proteção
e uma assistência dietética totais, tendo em conta a presença de
todos os elementos essenciais necessários a uma correta
alimentação. A
ROYAL CANIN preocupa-se ainda com aspetos muito
importantes como a Defesa Imunitária, a Pele e o Pelo, a
Digestão, a Vitalidade, o Desenvolvimento Osteoarticular, a
Higiene Oral e muitos outros…
Só ração seca?
Conhecemos bem a paixão que sente, e sabemos que muitos e muitos
donos se preocupam com o facto de dar apenas ração seca ao seu
cachorro…
Tal preocupação não é ao acaso, uma vez que ninguém gostaria de
comer todos os dias a mesma comida, com o mesmo aspeto e o mesmo
paladar… acontece que o Homem é um omnívoro… O cão é um
carnívoro. E ser carnívoro não significa que come exclusivamente
carne, mas sim que a carne constitui a maior parte da sua dieta.
O ancestral do cão doméstico, o lobo, tem na natureza uma dieta
rica e completa, mas muito pouco variada. Ela é essencialmente
constituída por animais (carne, ossos, cartilagem e vísceras) e
alguns vegetais. Por isso encontramos no cão uma flora
intestinal específica e com pouca variedade bacteriana, o que
justifica o stress digestivo que sofre sempre que há uma
transição abrupta na sua dieta, resultando frequentemente em
diarreias.
Para o cão, a apreciação completa de uma refeição é feita pelo
olfato, através das emanações provenientes do alimento. Ele é
por instinto um animal de matilha, e como tal, tem de ingerir o
alimento o mais rápido possível antes que alguém lho roube. O
seu companheiro não vai degustar uma refeição!
Assim, por muito que nos custe, cão é cão e tem necessidades
especificas que devem ser sempre respeitadas e satisfeitas de
acordo com a sua natureza. Os cães devem ter uma dieta rica,
complexa e equilibrada, mas não muito variada. A ração seca é
atualmente o alimento completo por excelência utilizado em
nutrição canina.
A refeição…
Os cães gostam e devem ter uma rotina bem estabelecida. Só assim
é que eles conseguem ajustar o seu ritmo biológico ao nosso
estilo de vida. Por este motivo o dono deve tentar que a hora e
o intervalo entre refeições seja constante, bem como adaptar o
alimento à idade e tipo de atividade do seu animal. Há quem
tenha a tendência de comparar o cão com uma criança… Mas na
verdade essa comparação é um erro biológico que pode ser muito
perigoso para o cachorro, visto estes terem necessidades
totalmente diferentes.
O Número de refeições…
Até aos 6 meses de idade devem ser oferecidas 3 a 5 refeições
diárias. Isto porque o estômago de um cachorro é muito pequeno
face às suas necessidades nutricionais. Após esta idade o número
de refeições deve diminuir para duas, pelo menos até ao final do
período de crescimento. Em adulto poderá passar para uma
refeição diária, sendo sempre preferível duas. Deve solicitar ao
criador um pouco de ração que o cachorro comia e misturá-la com
a sua nos primeiros dias. Esta condição diminui o stress
digestivo e a ocorrência de diarreias.
Controle a Obesidade…
Estudos recentes indicam que cerca de 20% da população canina é
obesa. Infelizmente a obesidade por si só raramente é motivo de
consulta. Cabe ao Médico Veterinário alertar os proprietários
que se trata de uma doença e estabelecer um plano de prevenção
adequado. A prevenção da obesidade deve ser iniciada o mais cedo
possível em função dos fatores de risco do animal: esterilização,
sedentarismo, predisposição racial, etc. Há que ter sempre
presente que um ligeiro excesso de peso evolui frequentemente
para uma obesidade declarada.
Dietas ricas em proteína possuem várias vantagens: são
facilmente aceites pelo animal, regulam o apetite e favorecem a
massa magra (músculo) em detrimento da massa gorda (tecido
adiposo). Existem atualmente duas escalas para mensurar a
condição corporal do animal: uma de 9 e outra de 5 estádios,
sendo a última a mais utilizada. Os cinco estádios são:
Caquético, Magro, Normal, Obeso Moderado e Obeso, em que para o
classificar são utilizados para além do peso, parâmetros como
silhueta, proeminência do esqueleto, quantidade de tecido sobre
as costelas, etc… Um obeso moderado é um animal de risco à
obesidade.
Controle a dose…
As doses preconizadas nas embalagens correspondem às
necessidades reais do seu cachorro. Devem ser rigorosamente
seguidas, evitando um plano nutricional inadequado.
A digestão…
Brincar é uma atividade que é fundamental para todo o
desenvolvimento físico, intelectual e afetivo do cachorro. E é
altamente recomendado que o faça. No entanto o descanso para a
digestão é obrigatório! Correr e saltar após a refeição é
perigoso pois além de provocar o vómito, pode causar uma
patologia chamada Síndrome da Dilatação/Torção Gástrica, onde a
agitação gera uma obstrução ao normal esvaziamento do estômago
podendo este dilatar e torcer sobre o seu próprio eixo. É uma
patologia frequente, com maior incidência em raças grandes e
gigantes e que só é solucionada com tratamento cirúrgico quando
detetada a tempo. Infelizmente a mortalidade é elevada.
Água fresca
O seu cachorro deve ter sempre água fresca à disposição. Os
alimentos secos contêm um teor em água inferior a 12%. São
alimentos completos e equilibrados que lhe fornecem todos os
nutrientes indispensáveis (proteínas, lípidos, hidratos de
carbono, minerais e vitaminas), mas devem ser sempre
acompanhados por água fresca.
Pele e Pelagem …
A Pele e a Pelagem constituem a primeira linha de defesa do
organismo contra as agressões do meio ambiente e desidratação.
Algumas doenças estão relacionadas com a ineficácia destes
mecanismos de defesa. Certos nutrientes específicos permitem
melhorar a barreira cutânea, contribuindo para limitar assim o
risco de certas patologias.
Chocolate nem pensar…
Existem três bases xânticas que o Homem utiliza no seu regime
alimentar: a cafeína (café), a teína (chá) e a teobromina
(chocolate). Todo o chocolate contém teobromina, que é ALTAMENTE
TÓXICA para o cachorro, agora e em qualquer fase da sua vida.
Cerca de 345mg de teobromina podem ser letais para um cão de
10kg, o que corresponde aproximadamente a 150g de chocolate
preto.
Entender melhor a Nutrição.
Energia digestível → É a quantidade de energia efetivamente
disponível para o cachorro que é obtida através da absorção e
metabolização dos nutrientes da dieta. É fundamental uma dieta
rica em Energia Digestível sobretudo na primeira fase do
crescimento do cachorro. Porém, uma dieta com excesso energético
vai favorecer a deposição de massa gorda podendo muitas vezes
atingir a obesidade. É fundamental que o cachorro não cresça
gordo. Estudos recentes comprovam que cachorros gordos têm maior
predisposição para patologias osteoarticulares, nomeadamente a
displasia articular.
Proteínas → As proteínas são grandes moléculas compostas por
unidades mais pequenas designadas por aminoácidos. As enzimas,
denominadas protéases, decompõem as proteínas da alimentação em
aminoácidos e pequenos péptidos suscetíveis, ao contrário
daquelas, de serem absorvidos pelo organismo. É da combinação
que é feita a partir de aminoácidos distintos que o organismo
produz as proteínas de que necessita. Entre os aminoácidos há
alguns que, não sendo produzidos pelo corpo, terão de ser
fornecidos pela dieta – são os aminoácidos essenciais. Uma boa
fonte proteica é essencial para uma nutrição equilibrada.
Gordura → Importante fonte de energia. É necessária para a
absorção de vitaminas lipossolúveis, para a saúde da pele e do
pelo.
Hidratos de carbono → Os hidratos de carbono, também conhecidos
por glícidos, devem representar a principal fonte de energia da
dieta do cachorro, entre 55 e 75%. São constituídos por unidades
básicas denominadas oses. Todos os hidratos de carbono são
decompostos no organismo através da ação de enzimas específicas
até à sua forma mais básica, sendo então absorvidos e
metabolizados. Uma alimentação rica em hidratos de carbono
complexos é fundamental para garantir um funcionamento adequado
do organismo e ajuda a manter um peso saudável, uma vez que
garante bons níveis de saciedade.
Vitaminas → As vitaminas são compostos orgânicos necessários em
quantidades mínimas para atuar em múltiplas reações do
metabolismo. Salvo raras exceções, o organismo não consegue
sintetizar as vitaminas e estas devem ser fornecidas através da
alimentação.
Vitamina A
Carência: Alterações do crescimento, Falhas na reprodução,
Distúrbios oculares, Problemas dermatológicos, etc.
Excesso: Anomalias no esqueleto, Hiperestesia (aumento da
sensibilidade à dor).
Vitamina D
Carência: Raquitismo, Osteomalácia, Hiperparatiroidismo.
Excesso: Hipercalcémia (aumento de cálcio no sangue),
Calcificação de tecidos moles, Reabsorção óssea.
Vitamina E
Carência: Falhas na reprodução e Alterações ósseas.
Excesso: Não tóxica.
Vitamina K
Carência: Hemorragias.
Excesso: Não tóxica.
Complexo B
Carência: Alterações do sistema nervoso, Anorexia, Perda de
peso, Dermatites, Anemia, Leucopenia. Excesso: Não tóxica.
Vitamina C
Carência: Fadiga, Perda de apetite, Diminuição da resistência a
infeções.
Excesso: Não tóxica.
Minerais → São elementos inorgânicos com múltiplas funções no
organismo e que se encontram em baixas quantidades. São
essenciais para a vida. Representam cerca da 4% do peso corporal
do indivíduo.
Cálcio
Carência: Raquitismo, Osteomalácia, Hiperparatiroidismo.
Excesso: Alterações no desenvolvimento ósseo, provoca
deficiências noutros minerais.
Fósforo
Carência: Raquitismo, Osteomalácia, Hiperparatiroidismo.
Excesso: Provoca deficiência de cálcio.
Magnésio
Carência: Calcificação dos tecidos moles, Alterações ósseas.
Excesso: Pode provocar cálculos urinários.
Enxofre
Carência: É rara, pode provocar problemas dérmicos.
Excesso: Não se produz.
Sódio Carência:
Não se produz.
Excesso: Não se produz.
Potássio
Carência: Debilidade muscular.
Excesso: Não se produz.
Cloro
Carência: Não se produz.
Excesso: Não se produz.
Ferro
Carência: Anemia.
Excesso: Não se produz.
Cobre
Carência: Anemia.
Excesso: Doenças hepáticas em animais predispostos.
Zinco
Carência: Dermatite, Problemas reprodutivos, Atraso no
crescimento.
Excesso: Provoca deficiência de cálcio e cobre.
Manganês
Carência: Atraso no crescimento.
Excesso: Não se produz.
Iodo
Deficiência: Hipotiroidismo, Atraso no crescimento.
Excesso: Não se produz.
Selénio
Carência: Problemas cardíacos.
Excesso: Problemas cardíacos, Hepatite, Nefrite.
Cobalto
Carência: Anemia.
Excesso: Não se produz.
Ácidos gordos essenciais:
Estes compostos são chamados “essenciais” porque o organismo do
cão é incapaz de os sintetizar, logo eles devem ser fornecidos
pela dieta. Em caso de carência de ácidos gordos essenciais, a
pele evidencia uma considerável descamação assim como uma
alteração de função da barreira cutânea devido à produção de
ceramidas de má qualidade.
Ómega 6:
Complexo de ácidos gordos essenciais constituídos por ácido
linoleico, ácido γ-linolénico e ácido araquidónico. O ácido
linoleico participa na permeabilidade cutânea, ao passo que o
ácido araquidónico é responsável pela regulação da proliferação
celular da epiderme através das prostaglandinas E2.
Ómega 3:
Complexo de ácidos gordos essenciais constituídos por ácido
α-linoleico, ácido Eicosapentaenóico (EPA) e ácido
Dosahexaenóico (DHA). São reconhecidas cientificamente as suas
propriedades anti-inflamatórias. Os ácidos gordos Ómega 3
limitam a atividade citotóxica de determinadas células como os
macrófagos.
L-carnitina:
Apesar de não ser considerada um nutriente essencial (por ser
sintetizada pelo organismo a partir da metionina e da lisina),
estudou-se que a sua incorporação na dieta preserva a massa
magra (músculo) em detrimento da massa gorda (gordura). A
L-carnitina é um aminoácido indispensável para a produção de
energia a partir de ácidos gordos de cadeia longa.
Glicosaminoglicanos (GAGs):
A glucosamina é o precursor do sulfato de condroitina. Estas
moléculas protegem as cartilagens articulares e evitam o
desenvolvimento de osteoartrite em cães idosos. A sua
incorporação na dieta do cão é preventiva para patologias
osteoarticulares a longo prazo.
Β-caroteno:
É um carotenóide precursor da Vitamina A. É muito conhecido e
utilizado pelas suas propriedades antioxidantes, sendo a sua
incorporação benéfica para a saúde e longevidade do cão.
Mano-oligossacarídeos (MOS):
São fibras não fermentáveis que limitam o desenvolvimento de
bactérias potencialmente nocivas no intestino. Os MOS ligam-se
às células da mucosa intestinal (enterócitos), ocupando os
locais onde as bactérias nocivas se fixam.
Fruto-oligossacarídeos (FOS):
São fibras fermentáveis que estimulam o desenvolvimento da flora
benéfica como as bifidobactérias ou lactobacilos e inibem a
proliferação de bactérias patogénicas.
Lecitina:
É um constituinte fundamental da estrutura da membrana celular.
Estudos recentes demonstraram que a lecitina, além de proteger
as células contra a oxidação, tem um papel importante na
regulação dos níveis de colesterol e triglicéridos no sangue.
Zinco-Metionina:
É uma associação entre um metal e um aminoácido. São muitos os
benefícios para a saúde e crescimento que o consumo de zinco
oferece. O Zinco-Metionina tem maior absorção do que o zinco
simples, aumentando assim todos os benefícios do zinco.
A Saúde do seu Cachorro
É o Médico Veterinário que vai instituir o plano de vacinação,
bem como a desparasitação e a identificação do seu cachorro.
Deve efetuar check-ups regulares ao seu companheiro, pois os
casos de pior prognóstico são aqueles que só vão à clínica
quando a sintomatologia da doença é muito evidente, dando ao
Médico Veterinário uma pequena margem de atuação.
Vacinação
A Vacinação constitui a melhor proteção do seu cachorro contra
doenças infeciosas. Estimula o sistema imunitário permitindo-lhe
resistir ao contacto com um agente infecioso (vírus, bactéria ou
parasita). A vacinação é um ato médico, pois não é isenta de
riscos, obrigando a um exame médico completo.
Uma primo vacinação é constituída por duas injeções com um mês
de intervalo.
O rappel é uma renovação anual ou semestral (consoante a
prevalência da doença) da primo vacinação.
As principais doenças infeciosas são a Esgana, Hepatite de
Rubarth, Parvovirose, Leptospirose, Raiva (obrigatória por lei),
Tosse do canil, Piroplasmose (ou Babesiose), Doença de Lyme e a
Herpesvirose.
Geralmente a vacinação é perfeitamente tolerada pelo cão.
Contudo, pode observar-se alguma fadiga, letargia, nódulo ou
edema no local de administração, que desaparecem em pouco tempo.
É aconselhado o repouso nas 24 horas que se seguem à vacina.
Desparasitação
É o termo utilizado para descrever a ação de um determinado
fármaco sobre os eventuais parasitas do seu cachorro. Geralmente
os cachorrinhos são desparasitados às duas semanas, ao mês,
mensalmente até aos 6 meses e duas vezes por ano em adulto. O
desparasitante a utilizar será prescrito pelo Médico
Veterinário.
Identificação
É fundamental que o seu cachorro seja identificado.
A IDENTIFICAÇÃO nada tem a ver com o “PEDIGREE” obtido no Clube
Português de Canicultura.
A Identificação é feita pelo Médico Veterinário através da
colocação subcutânea de um microchip na região lateral esquerda
do pescoço. É um ato praticamente indolor e semelhante a uma
vacina. A cada microchip corresponde um código (tipo código de
barras), que deve ser apresentado na Junta de Freguesia,
juntamente com o seguro do cachorro. Só assim é que o seu
cachorro está devidamente Identificado e Legalizado.
A que mais dar atenção?
Entre visitas ao médico veterinário deverá examinar regularmente
o seu cão.
Procure:
Diarreia: a causa mais comum é algo estranho ao seu regime
dietético ou excesso de comida, mas uma dieta errada, bactérias,
vírus, parasitas e mesmo alergias a alimentos podem ser a sua
casa. Em qualquer dos casos contacte o seu médico veterinário
logo que possível. Ele provavelmente irá recomendar-lhe um jejum
de 24 horas e medicá-lo de acordo com a causa. Se a diarreia
regressar ou durar mais de 24 horas é altura de consultar o
médico veterinário de novo.
Vómito: é bem merecida a reputação que os cães têm de comer
quase tudo e o vómito é apenas a sua forma de se livrarem de
algo que não deveria ter sido comido logo desde início. Por isso
não se preocupe com vómitos ocasionais. Mas se o seu cão vomitar
várias vezes por dia, a cause pode ser parasitismo ou outros
problemas sérios – incluindo a ingestão de objetos proibidos
como bonecos ou pequenos objetos de plástico. Procure um médico
veterinário.
Infeções oculares ou dos ouvidos: as infeções provocam
tipicamente vermelhidão, seguido de corrimento à medida que o
problema de agrava. Esteja alerta e visite o médico veterinário
antes da infeção chegar a este ponto. Quando ou ouvidos ficam
fortemente infetados, podem cheirar mal ou ficar vermelhos e
provocar comichão. O cão irá provavelmente coçá-los com a pata
ou abanar a cabeça com frequência. Os ácaros podem igualmente
provocar este problema.
Dentes amarelos ou castanhos: isto é provocado pelo tártaro que
pode provocar inflamação e mesmo sangramento das gengivas,
salivação excessiva, mau hálito e uma diminuição do apetite.
Comida húmida é causadora deste tipo de problemas pelo que uma
dieta seca é o método mais simples de manter uma higiene oral no
seu cão, pois os grânulos atuam como um agente natural de
limpeza dos dentes. Ainda mais eficazes são os biscoitos duros
para cachorros com dentes de leite. Não se esqueça de discutir a
higiene oral com o seu médico veterinário.
Outros sinais:
Em qualquer altura da vida do seu cão, procure problemas como
dificuldade de comer, perca de apetite ou ganho súbito de peso,
mau hálito, salivação excessiva, perca de pelo, alteração de
peles, olhos inflamados ou lacrimejantes, nariz seco, respiração
difícil, comportamento anormal e uma temperatura anormalmente
elevada (normal para cão é entre 38 e 39ºC). Contacte o seu
médico veterinário e esteja para o levar à consulta.
Treinos e brincadeiras
Os cães são animais de matilha e cada matilha tem um líder. Se
não assumir a liderança, o seu cão irá fazê-lo. Mas, enquanto
ele for cachorro, vai mesmo querer que ele seja o chefe. Durante
os primeiros 6 meses de vida, ele está com grande apetência para
ser treinado. Você pode – e deve – treinar o básico em casa, mas
uma ajuda profissional pode tomar a tarefa mais fácil. Pergunte
ao criador ou Médico Veterinário que lhe recomende uma escola de
obediência. Lembre-se: Um cão disciplinado começa com um dono
disciplinado. Se não for consistente com o seu treino, o seu cão
não será consistente com o seu comportamento. Obedecer à
chamada: os cães respondem melhor aos reforços positivos, não às
punições. Comida e uma voz amigável são excelentes reforços
positivos, pelo que deve começar às refeições. Chame-o pelo nome
e diga “Vem”. Se fizer isto em todas as refeições durante uma
semana, o seu cão virá sempre que o chame, mesmo que não seja
hora das refeições. Reforce isso na rua. Afaste-se um pouco
dele, depois chame-o e diga “Vem”. Quando ele o fizer,
recompense-o, de vez em quando, ofereça-lhe um biscoito (não
deve usar sempre o biscoito para reforço em todas as vezes pois
o reforço ocasional funciona melhor. O seu cachorro quer a sua
aprovação, não comida) “Vem” é o mais importante de todos os
comandos. Pode evitar que o seu cão atravesse a rua frente aos
carros, lute com outros cães ou assuste e persiga uma criança.
Parabéns uma vez mais!