Parabéns!!!
				
				O CPCSB felicita-o(a) pela adoção de um companheiro muito 
				especial que certamente o(a) irá acompanhar  sempre que puder.
				Atualmente sabe-se que a interação entre o cão e o Homem traz 
				benefícios mútuos. Estudos científicos revelaram os aspetos 
				positivos para a saúde e bem-estar que um cão pode proporcionar 
				não só ao seu dono, mas a toda a sua família. A adoção de um 
				cachorro, torna-o a si responsável pelo seu tratamento, educação 
				e alimentação. 
				Este texto pretende contribuir, dando uma noção básica ao dono, 
				no sentido de melhorar o bem-estar do seu cachorro, e, portanto, 
				de toda a sua família. 
				
				Bem-Vindo! O Novo Lar… 
				
				 
				Esta é sem dúvida a primeira grande aventura do cachorro e 
				talvez a mais marcante de toda a sua vida… A casa nova! Dada a 
				sua importância, é crucial que o novo dono conheça as 
				necessidades do seu animal e que estabeleça com ele quais as 
				regras da casa! 
				O cachorro deve conhecer os seus espaços, onde irá dormir, comer 
				e fazer as suas necessidades. Estes espaços devem ser os 
				definitivos e aplicados logo no primeiro dia. Deixar o cachorro, 
				por ser pequeno, dormir na cama ou no sofá, é consigo… mas 
				lembre-se que ele um dia vai crescer e aí será quase impossível 
				desabituá-lo. 
				
				Ele deverá ter um cesto com uma manta, um comedouro, um 
				bebedouro (sempre com água fresca) e alguns brinquedos para se 
				entreter. Inicialmente o cachorro irá explorar o novo ambiente e 
				é natural que este período de adaptação dure 2 ou 3 dias. É 
				ainda importante salientar que o cachorrinho até aos 5 meses 
				dorme muito, pelo que não deve ser incomodado constantemente. É 
				durante o sono que se processa a fase mais importante do 
				crescimento. 
				
				O Crescimento… 
				
				É sem dúvida a fase mais importante da vida do seu cachorro pois 
				vai determinar não só a morfologia do cão adulto, como também a 
				sua silhueta e carácter. O ritmo de crescimento depende 
				principalmente da contribuição energética do alimento. Uma 
				alimentação «ad libitum» (à descrição) é responsável por um 
				aumento de peso muito rápido, prejudicial ao correto 
				desenvolvimento do esqueleto, sobretudo em cães de raças grandes. 
				A concentração energética deverá estar adaptada à capacidade de 
				ingestão do cachorro, que varia consoante o tamanho e idade. No 
				caso de raças grandes são consideradas duas fases: 
				
				- Do desmame aos 5 meses → fase de crescimento muito intenso, em 
				que há necessidades energéticas muito elevadas. 
				- Dos 5 meses ao final do crescimento → fase de crescimento mais 
				lento, em que uma diminuição da concentração energética favorece 
				um melhor controlo do ganho de peso diário. 
				
				Até aos 6 meses o cachorro é muito sensível ao excesso de cálcio, 
				porque a absorção passiva é ainda muito elevada. A concentração 
				de cálcio deve ser formulada em função da concentração 
				energética. 
				
				A Educação e Cuidados de Higiene… 
				
				Não castigue demasiado o seu cachorro… ensine-o! Quaisquer que 
				sejam as regras da casa, devem começar a ser ensinadas desde o 
				primeiro dia. A aprendizagem das normas de higiene num ambiente 
				humano não é difícil: um pouco de paciência e passeios 
				frequentes são a chave para o sucesso. 
				
				Os progressos devem ser sempre recompensados através de palavras 
				meigas ou biscoitos. Com calma e persistência ele vai entendê-lo! 
				Se tiver de o castigar, deve fazê-lo de imediato. Caso contrário 
				ele não vai entender porque é que está a ser castigado. 
				O cachorro deve ser habituado a andar de trela e coleira desde 
				cedo. Nunca utilize a trela para lhe bater, pois ela deverá ser 
				sinónimo de passeio e não de castigo! 
				
				O dono deve seguir as regras elementares de educação 
				manifestando sempre um comportamento coerente. Não autorize um 
				dia uma coisa para a proibir no futuro. Deve ser firme, paciente 
				e atento. Só assim conseguirá uma relação de confiança e 
				harmonia com o seu companheiro. 
				
				Um cachorro saudável não se deve apresentar triste, cheirar mal 
				ou coçar-se com frequência. Medidas simples assegurar-lhe-ão uma 
				higiene adequada. A escovagem permite remover partículas e pelos 
				mortos da pelagem. A frequência vai de diária a semanal, 
				consoante o tipo de pelo do seu cachorro. Os cães mudam de pelo 
				durante todo o ano, com dois picos principais (Outono e 
				Primavera). 
				
				Todos os cães podem tomar banho desde que sejam devidamente 
				secos. A frequência de banhos também depende do tipo de pelo: no 
				mínimo, de 3 em 3 meses para cães de pelo comprido, 2 vezes por 
				ano para cães de pelo curto e esporadicamente para cães de pelo 
				raso. Nunca utilizar champô para cabelo humano pois é demasiado 
				ácido para a pele do cachorro. Procure um champô indicado para 
				cão. 
				Pode eventualmente precisar de limpar as remelas com alguma 
				frequência. Faça-o com uma gaze humedecida em soro fisiológico.
				
				
				As orelhas do cachorro devem ser limpas com uma gaze e só no 
				pavilhão externo, de forma a evitar a ocorrência de otites. 
				Cotonetes ou quaisquer objetos estão proibidos de entrar no 
				canal auditivo. A limpeza do canal faz-se com um produto 
				ceruminolítico exclusivamente, que não se retira, pois sairá 
				quando o cachorro abanar a cabeça. 
				
				Os dentes devem ser escovados regularmente de modo a evitar a 
				deposição de tártaro. O tártaro pode provocar inflamações muito 
				dolorosas nas gengivas, podendo resultar em anorexia por 
				dificuldades na mastigação. 
				
				UM PLANO NUTRICIONAL SAUDÁVEL E EQUILIBRADO…
				
				
				Com base nos últimos conhecimentos científicos a 
				
				ROYAL CANIN apoia 
				o CPCSB  e desenvolveu o programa nutricional 
				
				ROYAL CANIN, baseado 
				na escolha criteriosa de ingredientes ativos que permitem 
				melhorar globalmente a saúde, o bem-estar e a condição física, 
				disponibilizando uma gama de produtos otimizados para oferecer 
				qualidade de vida ao seu companheiro de quatro patas. 
				Para a 
				
				ROYAL CANIN, a nutrição do seu cachorro significa uma proteção 
				e uma assistência dietética totais, tendo em conta a presença de 
				todos os elementos essenciais necessários a uma correta 
				alimentação. A 
				
				ROYAL CANIN preocupa-se ainda com aspetos muito 
				importantes como a Defesa Imunitária, a Pele e o Pelo, a 
				Digestão, a Vitalidade, o Desenvolvimento Osteoarticular, a 
				Higiene Oral e muitos outros… 
				
				Só ração seca? 
				 
				Conhecemos bem a paixão que sente, e sabemos que muitos e muitos 
				donos se preocupam com o facto de dar apenas ração seca ao seu 
				cachorro… 
				Tal preocupação não é ao acaso, uma vez que ninguém gostaria de 
				comer todos os dias a mesma comida, com o mesmo aspeto e o mesmo 
				paladar… acontece que o Homem é um omnívoro… O cão é um 
				carnívoro. E ser carnívoro não significa que come exclusivamente 
				carne, mas sim que a carne constitui a maior parte da sua dieta. 
				O ancestral do cão doméstico, o lobo, tem na natureza uma dieta 
				rica e completa, mas muito pouco variada. Ela é essencialmente 
				constituída por animais (carne, ossos, cartilagem e vísceras) e 
				alguns vegetais. Por isso encontramos no cão uma flora 
				intestinal específica e com pouca variedade bacteriana, o que 
				justifica o stress digestivo que sofre sempre que há uma 
				transição abrupta na sua dieta, resultando frequentemente em 
				diarreias.
				
				Para o cão, a apreciação completa de uma refeição é feita pelo 
				olfato, através das emanações provenientes do alimento. Ele é 
				por instinto um animal de matilha, e como tal, tem de ingerir o 
				alimento o mais rápido possível antes que alguém lho roube. O 
				seu companheiro não vai degustar uma refeição! 
				Assim, por muito que nos custe, cão é cão e tem necessidades 
				especificas que devem ser sempre respeitadas e satisfeitas de 
				acordo com a sua natureza. Os cães devem ter uma dieta rica, 
				complexa e equilibrada, mas não muito variada. A ração seca é 
				atualmente o alimento completo por excelência utilizado em 
				nutrição canina. 
				
				A refeição…
				
				Os cães gostam e devem ter uma rotina bem estabelecida. Só assim 
				é que eles conseguem ajustar o seu ritmo biológico ao nosso 
				estilo de vida. Por este motivo o dono deve tentar que a hora e 
				o intervalo entre refeições seja constante, bem como adaptar o 
				alimento à idade e tipo de atividade do seu animal. Há quem 
				tenha a tendência de comparar o cão com uma criança… Mas na 
				verdade essa comparação é um erro biológico que pode ser muito 
				perigoso para o cachorro, visto estes terem necessidades 
				totalmente diferentes. 
				
				O Número de refeições… 
				 
				Até aos 6 meses de idade devem ser oferecidas 3 a 5 refeições 
				diárias. Isto porque o estômago de um cachorro é muito pequeno 
				face às suas necessidades nutricionais. Após esta idade o número 
				de refeições deve diminuir para duas, pelo menos até ao final do 
				período de crescimento. Em adulto poderá passar para uma 
				refeição diária, sendo sempre preferível duas. Deve solicitar ao 
				criador um pouco de ração que o cachorro comia e misturá-la com 
				a sua nos primeiros dias. Esta condição diminui o stress 
				digestivo e a ocorrência de diarreias. 
				
				Controle a Obesidade… 
				 
				Estudos recentes indicam que cerca de 20% da população canina é 
				obesa. Infelizmente a obesidade por si só raramente é motivo de 
				consulta. Cabe ao Médico Veterinário alertar os proprietários 
				que se trata de uma doença e estabelecer um plano de prevenção 
				adequado. A prevenção da obesidade deve ser iniciada o mais cedo 
				possível em função dos fatores de risco do animal: esterilização, 
				sedentarismo, predisposição racial, etc. Há que ter sempre 
				presente que um ligeiro excesso de peso evolui frequentemente 
				para uma obesidade declarada. 
				Dietas ricas em proteína possuem várias vantagens: são 
				facilmente aceites pelo animal, regulam o apetite e favorecem a 
				massa magra (músculo) em detrimento da massa gorda (tecido 
				adiposo). Existem atualmente duas escalas para mensurar a 
				condição corporal do animal: uma de 9 e outra de 5 estádios, 
				sendo a última a mais utilizada. Os cinco estádios são: 
				Caquético, Magro, Normal, Obeso Moderado e Obeso, em que para o 
				classificar são utilizados para além do peso, parâmetros como 
				silhueta, proeminência do esqueleto, quantidade de tecido sobre 
				as costelas, etc… Um obeso moderado é um animal de risco à 
				obesidade. 
				
				Controle a dose…
				
				As doses preconizadas nas embalagens correspondem às 
				necessidades reais do seu cachorro. Devem ser rigorosamente 
				seguidas, evitando um plano nutricional inadequado. 
				
				A digestão…
				
				Brincar é uma atividade que é fundamental para todo o 
				desenvolvimento físico, intelectual e afetivo do cachorro. E é 
				altamente recomendado que o faça. No entanto o descanso para a 
				digestão é obrigatório! Correr e saltar após a refeição é 
				perigoso pois além de provocar o vómito, pode causar uma 
				patologia chamada Síndrome da Dilatação/Torção Gástrica, onde a 
				agitação gera uma obstrução ao normal esvaziamento do estômago 
				podendo este dilatar e torcer sobre o seu próprio eixo. É uma 
				patologia frequente, com maior incidência em raças grandes e 
				gigantes e que só é solucionada com tratamento cirúrgico quando 
				detetada a tempo. Infelizmente a mortalidade é elevada. 
				
				Água fresca
				
				O seu cachorro deve ter sempre água fresca à disposição. Os 
				alimentos secos contêm um teor em água inferior a 12%. São 
				alimentos completos e equilibrados que lhe fornecem todos os 
				nutrientes indispensáveis (proteínas, lípidos, hidratos de 
				carbono, minerais e vitaminas), mas devem ser sempre 
				acompanhados por água fresca.
				
				Pele e Pelagem …
				
				A Pele e a Pelagem constituem a primeira linha de defesa do 
				organismo contra as agressões do meio ambiente e desidratação. 
				Algumas doenças estão relacionadas com a ineficácia destes 
				mecanismos de defesa. Certos nutrientes específicos permitem 
				melhorar a barreira cutânea, contribuindo para limitar assim o 
				risco de certas patologias. 
				
				Chocolate nem pensar…
				
				Existem três bases xânticas que o Homem utiliza no seu regime 
				alimentar: a cafeína (café), a teína (chá) e a teobromina 
				(chocolate). Todo o chocolate contém teobromina, que é ALTAMENTE 
				TÓXICA para o cachorro, agora e em qualquer fase da sua vida. 
				Cerca de 345mg de teobromina podem ser letais para um cão de 
				10kg, o que corresponde aproximadamente a 150g de chocolate 
				preto. 
				
				Entender melhor a Nutrição.
				
				Energia digestível → É a quantidade de energia efetivamente 
				disponível para o cachorro que é obtida através da absorção e 
				metabolização dos nutrientes da dieta. É fundamental uma dieta 
				rica em Energia Digestível sobretudo na primeira fase do 
				crescimento do cachorro. Porém, uma dieta com excesso energético 
				vai favorecer a deposição de massa gorda podendo muitas vezes 
				atingir a obesidade. É fundamental que o cachorro não cresça 
				gordo. Estudos recentes comprovam que cachorros gordos têm maior 
				predisposição para patologias osteoarticulares, nomeadamente a 
				displasia articular. 
				
				Proteínas → As proteínas são grandes moléculas compostas por 
				unidades mais pequenas designadas por aminoácidos. As enzimas, 
				denominadas protéases, decompõem as proteínas da alimentação em 
				aminoácidos e pequenos péptidos suscetíveis, ao contrário 
				daquelas, de serem absorvidos pelo organismo. É da combinação 
				que é feita a partir de aminoácidos distintos que o organismo 
				produz as proteínas de que necessita. Entre os aminoácidos há 
				alguns que, não sendo produzidos pelo corpo, terão de ser 
				fornecidos pela dieta – são os aminoácidos essenciais. Uma boa 
				fonte proteica é essencial para uma nutrição equilibrada.
				
				Gordura → Importante fonte de energia. É necessária para a 
				absorção de vitaminas lipossolúveis, para a saúde da pele e do 
				pelo. 
				
				Hidratos de carbono → Os hidratos de carbono, também conhecidos 
				por glícidos, devem representar a principal fonte de energia da 
				dieta do cachorro, entre 55 e 75%. São constituídos por unidades 
				básicas denominadas oses. Todos os hidratos de carbono são 
				decompostos no organismo através da ação de enzimas específicas 
				até à sua forma mais básica, sendo então absorvidos e 
				metabolizados. Uma alimentação rica em hidratos de carbono 
				complexos é fundamental para garantir um funcionamento adequado 
				do organismo e ajuda a manter um peso saudável, uma vez que 
				garante bons níveis de saciedade. 
				
				Vitaminas → As vitaminas são compostos orgânicos necessários em 
				quantidades mínimas para atuar em múltiplas reações do 
				metabolismo. Salvo raras exceções, o organismo não consegue 
				sintetizar as vitaminas e estas devem ser fornecidas através da 
				alimentação. 
				
				Vitamina A  
				Carência: Alterações do crescimento, Falhas na reprodução, 
				Distúrbios oculares, Problemas dermatológicos, etc.
				Excesso: Anomalias no esqueleto, Hiperestesia (aumento da 
				sensibilidade à dor).
				
				Vitamina D  
				Carência: Raquitismo, Osteomalácia, Hiperparatiroidismo.
				Excesso: Hipercalcémia (aumento de cálcio no sangue), 
				Calcificação de tecidos moles, Reabsorção óssea.
				
				Vitamina E  
				Carência: Falhas na reprodução e Alterações ósseas. 
				Excesso: Não tóxica.
				
				Vitamina K
				Carência: Hemorragias.
				Excesso: Não tóxica.
				
				Complexo B  
				Carência: Alterações do sistema nervoso, Anorexia, Perda de 
				peso, Dermatites, Anemia, Leucopenia. Excesso: Não tóxica. 
				
				Vitamina C 
				Carência: Fadiga, Perda de apetite, Diminuição da resistência a 
				infeções.
				Excesso: Não tóxica.
				
				Minerais → São elementos inorgânicos com múltiplas funções no 
				organismo e que se encontram em baixas quantidades. São 
				essenciais para a vida. Representam cerca da 4% do peso corporal 
				do indivíduo. 
				
				Cálcio  
				Carência: Raquitismo, Osteomalácia, Hiperparatiroidismo.
				Excesso: Alterações no desenvolvimento ósseo, provoca 
				deficiências noutros minerais.
				
				Fósforo  
				Carência: Raquitismo, Osteomalácia, Hiperparatiroidismo. 
				Excesso: Provoca deficiência de cálcio.
				
				Magnésio
				Carência: Calcificação dos tecidos moles, Alterações ósseas.
				Excesso: Pode provocar cálculos urinários.
				
				Enxofre  
				Carência: É rara, pode provocar problemas dérmicos. 
				Excesso: Não se produz.
				
				Sódio Carência: 
				Não se produz.
				Excesso: Não se produz.
				
				Potássio  
				Carência: Debilidade muscular.
				Excesso: Não se produz.
				
				Cloro  
				Carência: Não se produz.
				Excesso: Não se produz.
				
				Ferro 
				Carência: Anemia. 
				Excesso: Não se produz.
				
				Cobre 
				Carência: Anemia.
				Excesso: Doenças hepáticas em animais predispostos. 
				
				Zinco 
				Carência: Dermatite, Problemas reprodutivos, Atraso no 
				crescimento. 
				Excesso: Provoca deficiência de cálcio e cobre.
				
				Manganês 
				Carência: Atraso no crescimento.
				Excesso: Não se produz.
				
				Iodo 
				Deficiência: Hipotiroidismo, Atraso no crescimento.
				Excesso: Não se produz.
				
				Selénio 
				Carência: Problemas cardíacos.
				Excesso: Problemas cardíacos, Hepatite, Nefrite.
				
				Cobalto 
				Carência: Anemia.
				Excesso: Não se produz.
				
				Ácidos gordos essenciais:
				Estes compostos são chamados “essenciais” porque o organismo do 
				cão é incapaz de os sintetizar, logo eles devem ser fornecidos 
				pela dieta. Em caso de carência de ácidos gordos essenciais, a 
				pele evidencia uma considerável descamação assim como uma 
				alteração de função da barreira cutânea devido à produção de 
				ceramidas de má qualidade. 
				
				Ómega 6: 
				Complexo de ácidos gordos essenciais constituídos por ácido 
				linoleico, ácido γ-linolénico e ácido araquidónico. O ácido 
				linoleico participa na permeabilidade cutânea, ao passo que o 
				ácido araquidónico é responsável pela regulação da proliferação 
				celular da epiderme através das prostaglandinas E2. 
				
				Ómega 3: 
				Complexo de ácidos gordos essenciais constituídos por ácido 
				α-linoleico, ácido Eicosapentaenóico (EPA) e ácido 
				Dosahexaenóico (DHA). São reconhecidas cientificamente as suas 
				propriedades anti-inflamatórias. Os ácidos gordos Ómega 3 
				limitam a atividade citotóxica de determinadas células como os 
				macrófagos. 
				
				L-carnitina: 
				Apesar de não ser considerada um nutriente essencial (por ser 
				sintetizada pelo organismo a partir da metionina e da lisina), 
				estudou-se que a sua incorporação na dieta preserva a massa 
				magra (músculo) em detrimento da massa gorda (gordura). A 
				L-carnitina é um aminoácido indispensável para a produção de 
				energia a partir de ácidos gordos de cadeia longa. 
				
				Glicosaminoglicanos (GAGs):
				A glucosamina é o precursor do sulfato de condroitina. Estas 
				moléculas protegem as cartilagens articulares e evitam o 
				desenvolvimento de osteoartrite em cães idosos. A sua 
				incorporação na dieta do cão é preventiva para patologias 
				osteoarticulares a longo prazo. 
				
				Β-caroteno:
				É um carotenóide precursor da Vitamina A. É muito conhecido e 
				utilizado pelas suas propriedades antioxidantes, sendo a sua 
				incorporação benéfica para a saúde e longevidade do cão. 
				
				Mano-oligossacarídeos (MOS):
				São fibras não fermentáveis que limitam o desenvolvimento de 
				bactérias potencialmente nocivas no intestino. Os MOS ligam-se 
				às células da mucosa intestinal (enterócitos), ocupando os 
				locais onde as bactérias nocivas se fixam. 
				
				Fruto-oligossacarídeos (FOS): 
				São fibras fermentáveis que estimulam o desenvolvimento da flora 
				benéfica como as bifidobactérias ou lactobacilos e inibem a 
				proliferação de bactérias patogénicas. 
				
				Lecitina: 
				É um constituinte fundamental da estrutura da membrana celular. 
				Estudos recentes demonstraram que a lecitina, além de proteger 
				as células contra a oxidação, tem um papel importante na 
				regulação dos níveis de colesterol e triglicéridos no sangue.
				
				
				Zinco-Metionina:
				É uma associação entre um metal e um aminoácido. São muitos os 
				benefícios para a saúde e crescimento que o consumo de zinco 
				oferece. O Zinco-Metionina tem maior absorção do que o zinco 
				simples, aumentando assim todos os benefícios do zinco. 
				
				A Saúde do seu Cachorro
				É o Médico Veterinário que vai instituir o plano de vacinação, 
				bem como a desparasitação e a identificação do seu cachorro. 
				Deve efetuar check-ups regulares ao seu companheiro, pois os 
				casos de pior prognóstico são aqueles que só vão à clínica 
				quando a sintomatologia da doença é muito evidente, dando ao 
				Médico Veterinário uma pequena margem de atuação. 
				
				Vacinação
				
				A Vacinação constitui a melhor proteção do seu cachorro contra 
				doenças infeciosas. Estimula o sistema imunitário permitindo-lhe 
				resistir ao contacto com um agente infecioso (vírus, bactéria ou 
				parasita). A vacinação é um ato médico, pois não é isenta de 
				riscos, obrigando a um exame médico completo. 
				Uma primo vacinação é constituída por duas injeções com um mês 
				de intervalo.
				O rappel é uma renovação anual ou semestral (consoante a 
				prevalência da doença) da primo vacinação.
				As principais doenças infeciosas são a Esgana, Hepatite de 
				Rubarth, Parvovirose, Leptospirose, Raiva (obrigatória por lei), 
				Tosse do canil, Piroplasmose (ou Babesiose), Doença de Lyme e a 
				Herpesvirose. 
				Geralmente a vacinação é perfeitamente tolerada pelo cão. 
				Contudo, pode observar-se alguma fadiga, letargia, nódulo ou 
				edema no local de administração, que desaparecem em pouco tempo. 
				É aconselhado o repouso nas 24 horas que se seguem à vacina.
				
				Desparasitação
				
				É o termo utilizado para descrever a ação de um determinado 
				fármaco sobre os eventuais parasitas do seu cachorro. Geralmente 
				os cachorrinhos são desparasitados às duas semanas, ao mês, 
				mensalmente até aos 6 meses e duas vezes por ano em adulto. O 
				desparasitante a utilizar será prescrito pelo Médico 
				Veterinário. 
				
				Identificação
				
				É fundamental que o seu cachorro seja identificado.
				A IDENTIFICAÇÃO nada tem a ver com o “PEDIGREE” obtido no Clube 
				Português de Canicultura.
				A Identificação é feita pelo Médico Veterinário através da 
				colocação subcutânea de um microchip na região lateral esquerda 
				do pescoço. É um ato praticamente indolor e semelhante a uma 
				vacina. A cada microchip corresponde um código (tipo código de 
				barras), que deve ser apresentado na Junta de Freguesia, 
				juntamente com o seguro do cachorro. Só assim é que o seu 
				cachorro está devidamente Identificado e Legalizado. 
				
				
				A que mais dar atenção?
				Entre visitas ao médico veterinário deverá examinar regularmente 
				o seu cão. 
				
				Procure:  
				
				Diarreia: a causa mais comum é algo estranho ao seu regime 
				dietético ou excesso de comida, mas uma dieta errada, bactérias, 
				vírus, parasitas e mesmo alergias a alimentos podem ser a sua 
				casa. Em qualquer dos casos contacte o seu médico veterinário 
				logo que possível. Ele provavelmente irá recomendar-lhe um jejum 
				de 24 horas e medicá-lo de acordo com a causa. Se a diarreia 
				regressar ou durar mais de 24 horas é altura de consultar o 
				médico veterinário de novo. 
				
				Vómito: é bem merecida a reputação que os cães têm de comer 
				quase tudo e o vómito é apenas a sua forma de se livrarem de 
				algo que não deveria ter sido comido logo desde início. Por isso 
				não se preocupe com vómitos ocasionais. Mas se o seu cão vomitar 
				várias vezes por dia, a cause pode ser parasitismo ou outros 
				problemas sérios – incluindo a ingestão de objetos proibidos 
				como bonecos ou pequenos objetos de plástico. Procure um médico 
				veterinário. 
				
				Infeções oculares ou dos ouvidos: as infeções provocam 
				tipicamente vermelhidão, seguido de corrimento à medida que o 
				problema de agrava. Esteja alerta e visite o médico veterinário 
				antes da infeção chegar a este ponto. Quando ou ouvidos ficam 
				fortemente infetados, podem cheirar mal ou ficar vermelhos e 
				provocar comichão. O cão irá provavelmente coçá-los com a pata 
				ou abanar a cabeça com frequência. Os ácaros podem igualmente 
				provocar este problema. 
				
				Dentes amarelos ou castanhos: isto é provocado pelo tártaro que 
				pode provocar inflamação e mesmo sangramento das gengivas, 
				salivação excessiva, mau hálito e uma diminuição do apetite. 
				Comida húmida é causadora deste tipo de problemas pelo que uma 
				dieta seca é o método mais simples de manter uma higiene oral no 
				seu cão, pois os grânulos atuam como um agente natural de 
				limpeza dos dentes. Ainda mais eficazes são os biscoitos duros 
				para cachorros com dentes de leite. Não se esqueça de discutir a 
				higiene oral com o seu médico veterinário.
				
				Outros sinais:
				
				Em qualquer altura da vida do seu cão, procure problemas como 
				dificuldade de comer, perca de apetite ou ganho súbito de peso, 
				mau hálito, salivação excessiva, perca de pelo, alteração de 
				peles, olhos inflamados ou lacrimejantes, nariz seco, respiração 
				difícil, comportamento anormal e uma temperatura anormalmente 
				elevada (normal para cão é entre 38 e 39ºC). Contacte o seu 
				médico veterinário e esteja para o levar à consulta.
				
				Treinos e brincadeiras
				
				Os cães são animais de matilha e cada matilha tem um líder. Se 
				não assumir a liderança, o seu cão irá fazê-lo. Mas, enquanto 
				ele for cachorro, vai mesmo querer que ele seja o chefe. Durante 
				os primeiros 6 meses de vida, ele está com grande apetência para 
				ser treinado. Você pode – e deve – treinar o básico em casa, mas 
				uma ajuda profissional pode tomar a tarefa mais fácil. Pergunte 
				ao criador ou Médico Veterinário que lhe recomende uma escola de 
				obediência. Lembre-se: Um cão disciplinado começa com um dono 
				disciplinado. Se não for consistente com o seu treino, o seu cão 
				não será consistente com o seu comportamento. Obedecer à 
				chamada: os cães respondem melhor aos reforços positivos, não às 
				punições. Comida e uma voz amigável são excelentes reforços 
				positivos, pelo que deve começar às refeições. Chame-o pelo nome 
				e diga “Vem”. Se fizer isto em todas as refeições durante uma 
				semana, o seu cão virá sempre que o chame, mesmo que não seja 
				hora das refeições. Reforce isso na rua. Afaste-se um pouco 
				dele, depois chame-o e diga “Vem”. Quando ele o fizer, 
				recompense-o, de vez em quando, ofereça-lhe um biscoito (não 
				deve usar sempre o biscoito para reforço em todas as vezes pois 
				o reforço ocasional funciona melhor. O seu cachorro quer a sua 
				aprovação, não comida) “Vem” é o mais importante de todos os 
				comandos. Pode evitar que o seu cão atravesse a rua frente aos 
				carros, lute com outros cães ou assuste e persiga uma criança.
				
				Parabéns uma vez mais!